Estudo sedimentológico e geomicrobiológico das esteiras microbianas tipo filme da lagoa Pitanguinha, região dos lagos, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Loreine Hermida da Silva e Silva Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Escola de Ciências Biológicas; Núcleo de Geomicrobiologia
  • Cynthia Moreira Damazio-Iespa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Escola de Ciências Biológicas; Núcleo de Geomicrobiologia
  • Anderson Andrade Cavalcanti Iespa Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Escola de Ciências Biológicas; Núcleo de Geomicrobiologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2007_1_67-72

Resumo

A lagoa Pitanguinha possui aproximadamente área de 0,55 km², sendo 1,5 km de comprimento e 0,75 km de largura, está localizada entre as latitudes 22º55'42" e 22º56'00"S e longitudes 42º20'45" e 42º21'30"W, na Restinga de Massambaba, próximo ao município de Araruama. As esteiras microbianas são estruturas organosedimentares laminadas e têm sido chamadas de "esteiras algais", "esteiras de cianobactérias" e "estromatólito em potencial", porque ocorre a predominância de espécies de cianobactérias, que são responsáveis pela formação da estrutura sedimentar laminada. As esteiras são os ecossistemas mais antigos conhecidos. O objetivo do trabalho é determinar a composição geomicrobiológica e sedimentológica das esteiras microbianas tipo filme da lagoa Pitanguinha. A esteira em filme ocorreu disposta na região de entremarés e apresenta forma de lâmina plana, com aspecto coeso e poroso, sendo composta por sedimentos litificados com incrustações cristalinas. Em seu interior podem ser observados fragmentos de conchas de biválvios, microgastrópodes, ostracodes e grãos de quartzo tamanho areia. A principal cianobactéria formadora da esteira microbiana tipo filme é Entophysalis granulosa Kützing 1843. Nas camadas mais superficiais das esteiras microbianas em filme, os grãos sedimentares são mais unidos devido à presença das cianobactérias filamentosas, que aprisionam e unem os sedimentos. O espaço restante é preenchido por cianobactérias esféricas. Nas camadas mais profundas das esteiras microbianas filme, os grãos sedimentares são mais dispersos, devido à presença de poucas cianobactérias filamentosas e muitas esféricas.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos