Avaliação da poluição antrópica usando padrão de distribuição de espécies de foraminíferos provenientes de testemunhos da baía de Guanabara, RJ

Autores

  • Brígida Orioli Figueira UFRJ; CCMN; IGEO; Departamento de Geologia
  • Claudia Gutterres Vilela UFRJ; CCMN; IGEO; Departamento de Geologia
  • José Antônio Baptista Neto UFF; LAGEMAR; Departamento de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2007_1_145-157

Resumo

Este trabalho apresenta um estudo dos foraminíferos bentônicos recuperados de três testemunhos coletados próximo à Ilha de Paquetá, na baía de Guanabara, Rio de Janeiro, na região sudeste brasileira. Os testemunhos possuem diferentes tamanhos e foram sub-amostrados em intervalos centimétricos. As assembléias de foraminíferos bentônicos recuperados foram completamente identificadas, de maneira a se realizar um estudo ecológico, reconstruindo a evolução ambiental da área estudada durante o período histórico recente e avaliando a resposta local das assembléias de foraminíferos para a ocorrência de impacto natural e/ou antropogênico. Os resultados da distribuição da microfauna foram correlacionados com os dados sedimentológicos e de Carbono Orgânico Total, para se entender os padrões ambientais e avaliar as várias fontes de poluição antropogênica. Uma datação de 14C foi feita na base de um dos testemunhos, correlacionando-se com os valores das taxas de sedimentação local. Os índices de diversidade foram baixos em todas as amostras, enquanto os valores de COT aumentaram drasticamente em direção ao topo dos testemunhos. As espécies dominantes nesta área da Baía de Guanabara foram Ammonia tepida, Elphidium spp. e Buliminella elegantissima. O padrão de distribuição das espécies confirma a influência da poluição antrópica em direção ao topo dos testemunhos.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos