Influência dos sistemas de altas e baixas pressões e da Temperatura da Superfície do Mar do Atlântico Sul no desenvolvimento de Sistemas Convectivos de Mesoescala sobre o Rio Grande do Sul

Autores

  • Taís Pegoraro Scaglioni Universidade Federal de Pelotas; Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas
  • Roseli Gueths Gomes Universidade Federal de Pelotas; Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas
  • Julio Renato Quevedo Marques Universidade Federal de Pelotas; Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas

DOI:

https://doi.org/10.11137/2007_2_31-44

Resumo

Neste trabalho são analisadas as influências dos posicionamentos dos centros dos sistemas de altas e de baixas pressões no Oceano Atlântico Sul e das anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) dos Oceanos Atlântico e Pacífico em associação com a ocorrência de Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) no Estado do Rio Grande do Sul (RS). O período selecionado compreende o mês de fevereiro de quatro anos (2002-2005). Foram utilizadas imagens de satélite geoestacionário, valores de anomalias de TSM nos Oceanos Atlântico e Pacífico e dados de precipitação pluviométrica observadas no Estado. Os campos horizontais de pressão atmosférica e de linhas de corrente foram obtidos a partir de simulações realizadas com o modelo de mesoescala MM5. Os resultados mostraram que, no período analisado, houve um mês de fevereiro chuvoso no Estado e três meses de seca. Nos meses de seca, o número de SCM observados foi inferior, em até seis vezes, ao observado no mês chuvoso. Ainda, nos meses secos, os SCM tiveram duração menor em relação aos observados no mês chuvoso. Para todo o período analisado, a dissipação dos SCM ocorreu a leste da sua posição de formação, na maioria dos casos. Apesar das diferenças encontradas entre todos os SCM analisados, o horário preferencial de sua formação, 12 e 18 UTC, predominou em todo o período. Os padrões de circulação de grande escala mostraram que, no mês chuvoso, os centros dos sistemas de alta pressão subtropicais localizados no Oceano Atlântico, estavam posicionados perto da costa do SAS, onde os valores das anomalias de TSM estavam positivos. Configuração contrária foi observada durante os meses de seca.

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Publicado

2007-12-01

Edição

Seção

não definida