A corrida de massa do rio Vieira em Teresópolis, sudeste do Brasil: caracterização da área-fonte dos sedimentos transportados

Autores

  • Juliana Rodrigues Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Faculdade de Geologia; Departamento de Geologia Regional e Geotectónica
  • Miguel Tupinambá Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Faculdade de Geologia; Departamento de Geologia Regional e Geotectónica
  • Cláudio Amaral Departamento de Recursos Minerais; Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11137/2012_2_152_164

Resumo

Nesse trabalho foi caracterizado o substrato rochoso e os depósitos sedimentares do alto curso do rio Vieira, cenário de uma das corridas de massa ocorridas na região Serrana do Estado do Rio de Janeiro durante um Megadesastre em janeiro de 2011. O alto curso do rio Vieira apresenta traçado retilíneo e está encaixado em um sistema de fraturas e falhas de direção N25E. Ao longo dos quase 2 km de leito rochoso expostos,verificou-se a predominância de gnaisses das suítes Cordeiro e Serra dos Órgãos. O granito da Suíte Nova Friburgo se restringe à cabeceira de drenagem e a uma estreita faixa no trecho médio do canal. Três tipos de depósitos sedimentares remanescentes foram observados. Na região da cabeceira ocorrem depósitos de tálus constituídos predominantemente por matacões graníticos. Nas paredes do canal retilíneo encontram-se depósitos de queda de blocos gnáissicos. Na frente da corrida, dispostos sobre a planície aluvionar, ocorrem matacões graníticos e blocos gnáissicos. A presença de matacões de granito na cabeceira e a escassez de granito no leito rochoso indica que o maior volume de sólidos transportado é proveniente da erosão dos depósitos de tálus situados na cabeceira do rio. Os blocos de gnaisse são provenientes dos depósitos de queda de blocos presentes nas paredes do canal.

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

não definida