Bancos de Esporos de Samambaias e Licófitas: uma Revisão

Autores

  • Luciano Mauricio Esteves Instituto de Botânica; Núcleo de Pesquisa em Palinologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2013_1_72_79

Resumo

Os esporos de samambaias e licófitas podem ser depositados no solo e podem ser levados para o seu interior por mecanismos diversos, em geral para as camadas superficiais. Aí eles podem permanecer por determinado período de tempo em estado dormente e, quando levados novamente à superfície, poderão germinar. Esses esporos vivos armazenados no solo são chamados de banco de esporos. Bancos de esporos podem reduzir o risco de extinção de espécies, permitindo a regeneração de uma população devastada por inundações, incêndios, secas, deslizamentos ou processos de sucessão. Desta forma, eles têm uma função semelhante ao dos bancos de sementes em espermatófitas. A maioria absoluta dos esporos de samambaias e licófitas são fotoblásticos positivos. Esse valor adaptativo os torna dormentes quando soterrados e potencialmente aptos para germinar quando trazidos à luz. A regeneração de bancos de esporos persistentes também pode aumentar as chances de cruzamento entre gametófitos de espécies colonizadoras. Funciona como um tampão contra as consequências da baixa produção de esporos nos anos com condições climáticas adversas e contra mudanças drásticas na composição genética durante as flutuações no tamanho da população, de modo que somente a longo prazo os padrões ambientais podem alterar substancialmente essa composição. Genótipos aparentemente perdidos podem ser recuperados a partir do banco de esporos.

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Publicado

2013-01-01

Edição

Seção

não definida