Caracterização petrográfica e mineralógica de brechas magmático-hidrotermais no complexo alcalino de Itatiaia, estado do Rio de Janeiro: ocorrências de fluorita e minerais de ETR

Autores

  • Gustavo Luiz Campos Pires Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia
  • Everton Marques Bongiolo Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia
  • Reiner Neumann Centro de Tecnologia Mineral
  • Ciro Alexandre Ávila Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional; Departamento de Geologia e Paleontologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2014_1_05_16

Resumo

O magmatismo alcalino meso-cenozoico no Rio de Janeiro consiste em diversos corpos plutônico-vulcânicos, que ocorrem em zonas de fraturas e lineamentos de direção E-W associados desenvolvimento do Rifte do Sudeste do Brasil. Uma das principais ocorrências dessas rochas é o Complexo Alcalino de Itatiaia (CAI), composto principalmente por nefelina-sienitos, diques de fonolito/traquito e brechas magmático-hidrotermais. Neste trabalho é feita a caracterização petrográfica e mineralógica (petrografia óptica, MEV-EDS, difratometria de raios X) destas brechas. As brechas de Itatiaia são constituídas por litoclastos de traquito e cristaloclastos de K-feldspato e biotita imersos em uma matriz microcristalina. Como minerais hidrotermais foram identificados na matriz albita, carbonato, sanidina, clinocloro, pirita (presente também nos litoclastos), biotita, apatita, fluorita, turmalina, sericita, sinchisita (À parisita), Nb-rutilo, esfalerita, epidoto e ortoclásio (adularia?). Minerais intempéricos são representados por gibbsita, melanterita e cancrinita. Destacam-se as ocorrências inéditas de fluorcarbonatos e Nb-rutilo no CAI, minerais raros associados à alteração hidrotermal em rochas alcalino-carbonatíticas. A paragênese hidrotermal e comparação com dados de outras sequências vulcânicas alcalinas do Rio de Janeiro, sugere-se que as rochas estudadas constituem autobrechas tardi-magmáticas/hidrotermais, relacionadas a sistemas epitermais do tipo baixa sulfetação e geradas a partir da interação com fluidos alcalinos de baixa temperatura. A observação de fluorita e minerais de ETR no CAI abre a possibilidade de ocorrência dos mesmos em outros maciços alcalinos do Rio de Janeiro.

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Publicado

2014-06-01

Edição

Seção

não definida