Erosão e conservação de solos no Brasil

Resumo

O Brasil ocupa 8.547.403 km² e está dividido em cinco regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). A diversidade climática, geológica, topográfica, da biota e das atividades humanas tem contribuído para a grande diversidade de tipos de solo, assim como para os problemas de erosão. Solos nacionais podem ser classificados em 12 classes. Estes são: Latossolos (38,7%), Argissolos (20,0%), Cambissolos (2,7%), Chernossolos (0,5%), Espodossolos (1,6%), Gleissolos (3,7%), Luvissolos (2,7 %), Neossolos (14,5%), Vertissolos (2,0%), Planossolo (1,8 %), Plintossolos (6%) e Alissolos (4,3%). A erodibilidade dessas classes de solo foi revisada e relacionada principalmente à textura. Solos arenosos e franco-arenosos são especialmente mais susceptíveis à erosão. Os padrões de erosão são complexos, sendo influenciados pela erosividade da chuva, erodibilidade do solo, topografia, uso e manejo do solo. As zonas urbanas têm problemas específicos de erosão e estes são ilustrados através de um estudo de caso de São Luís (Nordeste do Brasil). As taxas de erosão são significativas, sendo em alguns casos superiores a 100 toneladas por hectare por ano. A erosão é particularmente grave associada com seis regiões: noroeste do Paraná, Planalto Central, Região Centro Oeste, Oeste do Estado de São Paulo, médio curso da Bacia do Paraíba do Sul, no Estado do Rio de Janeiro; na Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul e no Triângulo Mineiro, Estado de Minas Gerais. Exemplos de conservação do solo são apresentados por meio de estudos de caso no Paraná e Santa Catarina. A gestão integrada de bacias hidrográficas oferece uma maneira promissora para a conservação do solo em vigor no Brasil.