Investigação da Previsibilidade Sazonal da Precipitação na Região do Alto São Francisco em Minas Gerais

Autores

  • Taciana Menezes Weber Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia
  • Claudine Pereira Dereczynski Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia
  • Ricardo Henrique dos Santos Souza Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia
  • Sin Chan Chou Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • Josiane Ferreira Bustamante Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • Arthur Chaves de Paiva Neto Companhia Energética de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11137/2015_2_24-36

Palavras-chave:

Previsão sazonal, Precipitação, Modelo Eta, Minas Gerais

Resumo

Previsões sazonais de precipitação geradas com modelo regional Eta para a estação chuvosa da Bacia do Rio São Francisco, a montante da Usina Hidrelétrica (UHE) de Três Marias em Minas Gerais são avaliadas neste trabalho. A utilização de tais previsões como insumo nos modelos de planejamento energético, representaria um melhor gerenciamento na geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. Contudo, é conhecido o fato de que na maior parte do globo, a previsibilidade climática sazonal é muito reduzida, uma vez que os efeitos das condições de contorno em determinar a evolução do estado médio da atmosfera competem com a variabilidade caótica interna associada às instabilidades e interações não lineares do escoamento atmosférico. As previsões do modelo Eta-Sazonal-15km são iniciadas nos dias 13 a 17 de outubro, estendendo-se até 28 de fevereiro, durante os anos de 2001 a 2010. Os resultados da avaliação indicam que o ruído (variabilidade intermembros) é superior ao sinal (variabilidade interanual), sugerindo baixa confiabilidade das previsões para a região no período chuvoso. As previsões de precipitação são subestimadas e a Raiz Quadrada do Erro Quadrático Médio, de 77,03 mm/mês é elevada , quase o dobro de seu desvio padrão. Nota-se elevada variabilidade espacial da precipitação devido a topografia bastante acentuada, o que reduz ainda mais o desempenho dos modelos numéricos. Um índice de acerto da categoria da precipitação (IACP), baseado na distribuição de tercis, foi aplicado para contabilizar o número de vezes em que as previsões apontam para a mesma categoria das chuvas observadas: chuvas abaixo, acima ou dentro da normalidade. O IACP para toda a área e durante os dez anos foi baixo (média de 29%), contudo no sul da Bacia o IACP é um pouco mais elevado, em torno de 50%, chegando a 70% no sudeste da região. A avaliação anual das previsões para toda a área indicou que a melhor performance do modelo ocorreu no ano de 2005, quando condições de ATMS negativas no Pacífico, próximo a costa do Peru foram persistidas no mês de outubro de 2005 e de fato tais anomalias se verificaram até o mês de fevereiro de 2006.

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Publicado

2016-05-10

Edição

Seção

não definida