Ostracodes do Estuário do Rio Arade, Algarve - Portugal

Autores

  • Lazaro Laut Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Laboratório de Micropaleontologia, Departamento de Ciências Naturais, Laboratório de Micropaleontologia
  • Maria Antonieta da Conceição Rodrigues Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia
  • Frederico S. Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Geologia, Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica
  • Letícia Guedes de Mentzingen Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia
  • Maria Virgínia Alves Martins Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia
  • Tomasz Boski Universidade do Algarve. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Centro de Investigação Marinha e Ambiental
  • Ana Isabel Gomes Universidade do Algarve. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Centro de Investigação Marinha e Ambiental
  • Luiz F. Fontana Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Geologia, Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica
  • Iara M.M.M. Clemente Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia
  • Pierre Belart Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Laboratório de Micropaleontologia, Departamento de Ciências Naturais, Laboratório de Micropaleontologia
  • Rodrigo L. Ribeiro Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Laboratório de Micropaleontologia, Departamento de Ciências Naturais, Laboratório de Micropaleontologia,
  • João Graciano Mendonça -Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Geologia, Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica

DOI:

https://doi.org/10.11137/2015_2_115_126

Palavras-chave:

Ostracodes, Biopolímeros, Estuários de mesomaré, Compartimentação ambiental

Resumo

A análise de correspondência destendenciada (DCA) aplicada à abundância relativa das espécies de ostracodes e aos parâmetros físico-químicos, sedimentológicos e geoquímicos permitiu dividir o estuário do rio Arade em quatro setores: Setor I -- localiza-se entre a foz e a cidade de Portimão, que foi caracterizado pelo maior número de espécies de ostracodes, valores mais altos de salinidade e pH, sedimento arenoso e maior concentração de proteínas no sedimento. Este setor foi considerado com maior infuência marinha, alta produtividade fitoplanctônica; Setor II -- localizado nos arredores da cidade de Parchal, foi caracterizado pelo maior valor de diversidade H' e pela ocorrência das espécies Leptocythere lacertosa, Herpetocypris helenae e Leptocythere porcellanea. Neste setor foi identificada a maior concentração de enxofre e de sedimentos finos; Setor III -- localizado entre as cidades de Parchal e Silves, este setor apresentou grande concentração de carbono orgânico, sedimento fino e de biopolímeros (carboidratos, lipídios e proteinas). Neste setor foram identificadas somente as espécies dominantes do estuário (Loxoconcha elliptica, Cytherois fischeri e Leptocythere lacertosa); Setor IV -- localizado na cidade Silves, este setor apresentou a maior concentração de lipídios e da fração silte de todo o estuário. Dentre os setores identificados, este é o mais confinado, onde há deposição dos efluentes da cidade Silves. A análise em DCA demonstrou que a espécie Loxoconcha elliptica é a espécie mais característica deste setor e por isso, pode ser considerada como um bioindicador de ambientes confinados.

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Publicado

2016-05-10

Edição

Seção

não definida