Crustáceos Raninídeos da Formação Maria Farinha (Paleoceno-Eoceno), Estado de Pernambuco, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11137//2016_3_32_40Palavras-chave:
Formação Maria Farinha, Brachyura, Raninoides.Resumo
Este trabalho trata sobre a caracterização sistemática e paleobiológica dos crustáceos raninídeos da Formação Maria Farinha, grupo monofilético, derivado de uma linhagem ancestral dos braquiúres, logo após a diferenciação do seu nível organizacional primário. As espécies Raninoides fulgidus Rathbun, 1926 e R. lewisana Rathbun, 1926 são típicas de ambiente marinho de substrato argiloso a arenoso, abaixo do nível de base das ondas. A morfologia dos esternos e esternitos e a inflexão entre o abdômen e o esterno atestam hábito infaunístico para estes táxons. A preservação tridimensional com baixo grau de fragmentação e sem abrasão deve ter sido favorecida pelo modo de vida destes crustáceos, associado com baixa energia do meio durante o evento de acumulação destes restos. O padrão de dispersão dos raninídeos é similar ao atribuído aos pagurídeos, calianassídeos e goneplacídeos também registrados na Formação Maria Farinha, dando-se do Atlântico norte para a região do Atlântico central e sul e mar de Tethys, bem como para as latitudes sul por meio das correntes superficiais no sentido leste para oeste. Considerando que as duas espécies de raninídeos ocorrem nas formações Aldwell e Hoko River, do Eoceno do Estado de Washington, Estados Unidos da América, que coincidem com a época de mais expressiva diversidade do grupo em tempos cenozoicos, estende-se o intervalo de deposição da Formação Maria Farinha para o intervalo Paleoceno- Eoceno, como já assinalado em pesquisas anteriores.Downloads
Publicado
2016-10-03
Edição
Seção
não definida
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