Compartimentos Ambientais do Estuário do Rio Arade, Sul de Portugal, com Base na Distribuição e Ecologia de Foraminíferos

Autores

  • Lazaro Luiz Mattos Laut Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Laboratório de Micropaleontologia; , Departamento de Ciências Naturais
  • Isis de Almeida Cabral Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Laboratório de Micropaleontologia; , Departamento de Ciências Naturais
  • Maria Antonieta da Conceição Rodrigues Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Faculdade de Geologia
  • Frederico Sobrinho Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro; Departamento de Geologia; Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica
  • Maria Virgínia Alves Martins Universidade de Aveiro; Departamento de Geociências
  • Tomasz Boski Universidade do Algarve; Centro de Investigação Marinha e Ambiental; Faculdade de Ciências e Tecnologia
  • Ana Isabel Gomes Universidade do Algarve; Centro de Investigação Marinha e Ambiental; Faculdade de Ciências e Tecnologia
  • João Manuel Alverinho Dias Universidade do Algarve; Centro de Investigação Marinha e Ambiental; Faculdade de Ciências e Tecnologia
  • Luiz Francisco Fontana Universidade Federal do Rio de Janeiro; Departamento de Geologia; Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica
  • Vanessa Mattos Laut Universidade Federal do Rio de Janeiro; Departamento de Geologia; Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica
  • João Graciano de Mendonça-Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro; Departamento de Geologia; Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica

DOI:

https://doi.org/10.11137/2014_2_60_74

Palavras-chave:

Foraminíferos, Estuário de mesomaré, Compartimentação estuarina.

Resumo

Em setembro de 2010 foram coletadas cinco amostras de sedimento ao longo do estuário do rio Arade objetivando a identificação de compartimentos ambientais como base na distribuição das espécies de foraminíferos e sua relação com os parâmetros físico-químicos, sedimentológicos e geoquímicos. Foram identificadas 39 espécies de foraminíferos, sendo 31 espécies calcárias e 8 espécies aglutinantes, o que demonstra uma grande riqueza de espécies no estuário. As espécies dominantes foram Ammonia tepida e Haynesina germanica que foram identificadas em todas as estações amostrais. A região da foz do estuário apresentou maior riqueza de espécimes (31) e maior diversidade (2,73) demonstrando a forte influência marinha nesta região. Aplicando a análise multivariada em DAC foi possível identificar três setores no estuário: Setor A - região de maior influência marinha que apresenta alta concentração de carbono inorgânico, sedimento arenoso e um grande número espécies exóticas transportadas da plataforma adjacente (Cibicides bertheloti, Asterigerinata mammila, Bolivina ordinaria and Bolivina elongata); Setor B - região intermediária do estuário com sedimento lamoso, carbono orgânico elevado e composto por espécies típicas de estuários. Setor C - região mais confinada do estuário, com sedimento lamoso, maior concentração de carbono orgânico em relação ao setor B, que é representado por espécies de foraminíferos aglutinantes e Ammonia parkinsoniana.

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Publicado

2017-02-15

Edição

Seção

Artigos