Caracterização Climatológica e Tendências Observadas em Extremos Climáticos no Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Wanderson Luiz Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza; Instituto de Geociências; Departamento de Meteorologia
  • Claudine Pereira Dereczynski Universidade Federal do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza; Instituto de Geociências; Departamento de Meteorologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2014_2_123_138

Palavras-chave:

Climatologia, Mudanças Climáticas, Rio de Janeiro.

Resumo

Neste trabalho elabora-se uma climatologia da temperatura do ar e da precipitação e uma análise das tendências nos extremos climáticos de tais variáveis para o estado do Rio de Janeiro, a partir de dados observacionais entre 1961 e 2012. Os resultados da climatologia mostram temperaturas mínimas médias oscilando entre 9,5 e 11ºC (15,5 e 17ºC) no inverno (verão) na região Serrana. Valores mais elevados ocorrem principalmente no litoral, onde as médias de temperatura mínima variam entre 17 e 18,5ºC (21,5 e 23ºC) no inverno (verão). As menores temperaturas máximas médias oscilam entre 21,5 e 23ºC (26 e 27,5ºC) no inverno (verão) na região Serrana e os valores mais elevados encontram-se na região Metropolitana e no Norte/Noroeste Fluminense, oscilando entre 26 e 27,5ºC (32 e 33,5ºC) no inverno (verão). A precipitação anual apresenta máximos em áreas elevadas (cerca de 2500 a 2800 mm ao ano) e mínimos sobre as regiões de baixada e de costa (entre 700 e 1300 mm ao ano). Para as tendências observadas nos extremos climáticos de temperatura, a região Metropolitana e a região Norte e Noroeste do estado apontam para aumentos estatisticamente significativos da temperatura máxima média (entre +0,01 e +0,08ºC/ano). Notam-se também tendências estatisticamente significativas de elevação na porcentagem de noites e de dias quentes em quase todo o estado (entre +0,1 e +0,6 %dias/ano). Quanto à chuva, observa-se que há uma tendência estatisticamente significativa de aumento dos totais pluviométricos anuais nas Baixadas Litorâneas (entre +4,0 e +32,0 mm/ano). Também verifica-se uma elevação significativa dos totais pluviométricos das chuvas mais fortes do ano nas Baixadas Litorâneas e em parte da região Metropolitana, com magnitudes entre +2,0 e +20,0 mm/ano.

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Publicado

2017-02-15

Edição

Seção

Artigos