Exumação das Rochas Mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua Implicação na Possível Geração de Hidrocarbonetos Abiogenéticos por Serpentinização

Autores

  • Akihisa Motoki Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea
  • Susanna Eleonora Sichel Universidade Federal Fluminense, Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar
  • Thais Thais Vargas Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea
  • Peter Peter Szatmari PETROBRAS - CENPE
  • Alcides Nobrega Sial Universidade Federal do Pernambuco Departamento de Geologia
  • José Antônio Baptista Neto Universidade Federal Fluminense, Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar
  • Isa Brehme Universidade Federal Fluminense, Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar
  • Kenji Freire Motoki Universidade Federal Fluminense, Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar; MAG, Mar Ambiente e Geologia
  • Aurélio Kasakewitch Ribeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea

DOI:

https://doi.org/10.11137/2015_1_05_20

Palavras-chave:

Exumação do manto, Serpentinização, Hidrocarboneto abiogenético, Zona de falhas transformantes de São Paulo, Cadeia de transpressão

Resumo

Este trabalho apresenta a exumação das rochas mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua implicação na possível geração de hidrocarbonetos abiogenéticos por serpentinização. Na zona de falhas transformantes de São Paulo, observam-se duas condições tectônicas contrastadas para exumação do manto: Distensão no centro de espalhamento amagmático e compressão ao longo da cadeia de transpressão. No fundo do oceano, as rochas ultramáficas do manto exumado reagem quimicamente com a água do mar gerando energia térmica e hidrocarbonetos abiogenéticos, o fenômeno denominado serpentinização. O espalhamento amagmático com a formação de megamullion ocorre ao longo dos segmentos inter-transformantes da cadeia meso-oceânica. As rochas ultramáficas são originadas no manto superficial e possuem serpentinização avançada e deformação plástica pouco expressiva. Os porfiroblastos de olivina apresentam fraturamento rúptil. Por outro lado, a cadeia de transpressão ocorre ao longo do trecho da falha transformante em que a direção da falha e o movimento relativo das placas são oblíquos. Devido à discordância direcional, o movimento transcorrente gera o esforço de compressão perpendicular à falha. Este esforço levanta o manto profundo subjacente a partir da profundidade de deformação dúctil até a superfície da Terra. A cadeia de transpressão no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, denominada Cadeia de Brachiosaurus, é o único exemplo confirmado exumação do manto acima do nível do mar no Oceano Atlântico. As rochas do manto têm serpentinização pouco expressiva e deformação plástica extremamente desenvolvida, apresentando textura milonítica. Os porfiroclastos e a matriz apresentam tanto o fraturamento rúptil quanto a deformação plástica.

Biografia do Autor

Akihisa Motoki, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea

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Publicado

2017-02-15

Edição

Seção

Artigos