Exumação das Rochas Mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua Implicação na Possível Geração de Hidrocarbonetos Abiogenéticos por Serpentinização
DOI:
https://doi.org/10.11137/2015_1_05_20Palavras-chave:
Exumação do manto, Serpentinização, Hidrocarboneto abiogenético, Zona de falhas transformantes de São Paulo, Cadeia de transpressãoResumo
Este trabalho apresenta a exumação das rochas mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua implicação na possível geração de hidrocarbonetos abiogenéticos por serpentinização. Na zona de falhas transformantes de São Paulo, observam-se duas condições tectônicas contrastadas para exumação do manto: Distensão no centro de espalhamento amagmático e compressão ao longo da cadeia de transpressão. No fundo do oceano, as rochas ultramáficas do manto exumado reagem quimicamente com a água do mar gerando energia térmica e hidrocarbonetos abiogenéticos, o fenômeno denominado serpentinização. O espalhamento amagmático com a formação de megamullion ocorre ao longo dos segmentos inter-transformantes da cadeia meso-oceânica. As rochas ultramáficas são originadas no manto superficial e possuem serpentinização avançada e deformação plástica pouco expressiva. Os porfiroblastos de olivina apresentam fraturamento rúptil. Por outro lado, a cadeia de transpressão ocorre ao longo do trecho da falha transformante em que a direção da falha e o movimento relativo das placas são oblíquos. Devido à discordância direcional, o movimento transcorrente gera o esforço de compressão perpendicular à falha. Este esforço levanta o manto profundo subjacente a partir da profundidade de deformação dúctil até a superfície da Terra. A cadeia de transpressão no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, denominada Cadeia de Brachiosaurus, é o único exemplo confirmado exumação do manto acima do nível do mar no Oceano Atlântico. As rochas do manto têm serpentinização pouco expressiva e deformação plástica extremamente desenvolvida, apresentando textura milonítica. Os porfiroclastos e a matriz apresentam tanto o fraturamento rúptil quanto a deformação plástica.Downloads
Publicado
2017-02-15
Edição
Seção
Artigos
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