Registro Palinológico do Holoceno Tardio em Sedimentos Estuarinos do Rio Piraquê-Açu, Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Alex da Silva de Freitas Universidade Federal Fluminense, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia
  • Cintia Ferreira Barreto Universidade Federal Fluminense, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia
  • Ortrud Monika Barth Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz
  • Alex Cardoso Bastos Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Departamento de Ecologia e Recursos Naturais
  • José Antônio Baptista-Neto Universidade Federal Fluminense, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2015_1_107_115

Palavras-chave:

Análise palinológica, Sedimento fluvial, Holoceno tardio

Resumo

O rio Piraquê-Açu está localizado no município de Aracruz, 83 km a norte da cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, Brasil. No presente trabalho foram realizadas análises palinológicas a partir de um testemunho de sondagem (PA20) coletado nas coordenadas 19°56'13.63"S e 40°10'29.50"W com cerca de 110 cm de profundidade. O principal objetivo do estudo foi de reconhecer e interpretar a dinâmica vegetacional na região do entorno do local de coleta ocorrida nos últimos 1700 cal. anos AP, auxiliando estudos futuros. O testemunho foi subamostrado a cada 10 cm sendo as amostras submetidas ao processamento palinológico padrão. Foi inserida uma pastilha do esporo exótico Lycopodium clavatum para o cálculo da concentração dos palinomorfos. O material foi datado em quatro profundidades tendo a idade mais antiga cerca de 1758À68 cal. anos AP em 105 cm. A análise do testemunho indicou uma presença marcante da vegetação de Mangue, caracterizado principalmente pela presença do tipo polínico Rizophora. A Comunidade Aluvial e a Floresta Ombrófila também estiveram bem representadas sofrendo pequenas flutuações ao longo do testemunho. Foi observado o aumento da Comunidade Aluvial e a queda da Floresta Ombrófila nos últimos 10 cm de profundidade, o que pode estar associado a uma maior atividade antrópica causada pela chegada de imigrantes ao entorno do estuário. No topo do testemunho observa-se a presença do tipo polínico Eucalyptus, estando relacionado ao início da expansão da plantação de espécies deste gênero em larga escala no Estado do Espírito Santo.

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Publicado

2017-02-15

Edição

Seção

Artigos