Comparação das Propriedades Microfísicas de Diferentes Tipos de Nuvens em Duas Regiões Tropicais com Ecossistemas Distintos Usando Dados do Satélite CloudSat

Autores

  • Leonardo Abreu Jorge Justo Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia
  • Jose Ricardo de Almeida França Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia

DOI:

https://doi.org/10.11137/2016_1_111_126

Palavras-chave:

Microfísica de nuvens, Aerossol, CloudSat

Resumo

A metodologia abordada neste trabalho tem como objetivo representar o comportamento médio da estrutura microfísica de diferentes tipos de nuvens formadas em duas regiões com ecossistemas distintos. As regiões escolhidas foram localizadas no Centro-Oeste do Brasil (coordenadas: 12-18 °S e 46-58 °O) e sobre o Oceano Atlântico Sul (coordenadas: 12-25°S e 9-30°O). Para a realização deste trabalho foram utilizados dados do satélite CloudSat, coletados dentro de um período de aproximadamente 5 anos (06/2006-04/2011). Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que, há pouca variação na estrutura microfísica entre as nuvens continentais e marinhas nas regiões analisadas. A média do raio efetivo da gota (partícula de gelo) feita em todos os tipos de nuvens analisados foi de 12,4 μm (71,9 μm) nas nuvens marinhas e 11,0 μm (72,9 μm) nas nuvens continentais. A distribuição do tamanho das partículas (concentração em função do tamanho) nas nuvens se mostrou mais eficiente para discriminar as características microfísicas de cada tipo de nuvem, tornando possível identificar as particularidades na estrutura microfísica de cada tipo de nuvem. Os resultados mostraram que mesmo no período com maior concentração de aerossóis observado no Centro-Oeste brasileiro (na primavera), não há uma diferença significativa na distribuição de tamanho das partículas das nuvens nas regiões estudadas. Estes resultados indicam que outros agentes externos (além da concentração total de aerossóis integrada na coluna atmosférica), estejam atuando de forma mais significativa para modular a distribuição das partículas dentro das nuvens na região Centro-Oeste.

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Publicado

2017-02-15

Edição

Seção

Artigos