Borges contra Borges: más traduções de “O Aleph”

Autores

  • Roberto González Echevarría Yale University, New Haven

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2017193479493

Resumo

Borges parece haver argumentado que as traduções são frequentemente melhores do que os originais, mas ele próprio fez um grande esforço (por exemplo, aprender alemão, em sua juventude, para ler Kafka) para acessar a literatura em suas línguas originais. Em sua maturidade, fez um grande esforço para aprender o idioma nórdico das sagas para lê-las diretamente. Sua saída foi acatada de maneira literal demais pela crítica e, pior, por seus próprios tradutores, que foram descuidados na tradução de seus relatos, mostrando uma liberdade que compromete seus próprios textos. Este ensaio examina três traduções de “O Aleph”, ao inglês, francês e italiano, para demonstrar como Borges foi mal traduzido de maneira que afeta a correta leitura de seus textos. As equivocadas traduções são de uma palavra-chave para referir-se a um baú que o protagonista encontra em um porão, e que é uma espécie de representação correlativa do Aleph. A partir desses equívocos de tradução, o ensaio propõe uma interpretação do relato. 

Biografia do Autor

Roberto González Echevarría, Yale University, New Haven

Doutor pela Universidade de Yale. Professor Titular de Literatura Hispânica e Comparada na Universidade de Yale. Ocupa uma Cátedra Sterling. Membro da Academia Estadunidense das Artes e das Ciências. Autor das seguintes obras: The Voice of the Masters: Writing and Authority in Modern Latin American Literature (1985); Myth and Archive: A fteory of Latin American Narrative (1990, 1998), Celestina's Brood: Continuities of the Baroque in Spanish and Latin American Literatures (1993); The Pride of Havana: A History of Cuban Baseball (1999); Crítica práctica, práctica crítica (2002). Seu livro Myth and Archive (Mito e Arquivo) mereceu o Prêmio Katherine Singer Kovacs (1989-90) da MLA e o Bryce Wood Book Award da Latin American Studies Association (1992). Editor de The Oxford Book of Latin American Short Stories (1997); Don Quixote: A Case Book (Oxford, 2005); Historia de la literatura hispanoamericana (Cambridge University) (Gredos, 2006). Co-editor de The Cambridge History of Latin American Literature (1996) e de Cuba: un siglo de literatura (1902-2002) (2004). Publicou no Brasil Monstros e arquivos: textos críticos reunidos (2016). Professor convidado em distintas universidades do mundo.

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Publicado

2018-09-11

Edição

Seção

Artigos