A concepção de vazio em Roland Barthes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2033753

Resumo

Este ensaio busca reler O Império dos signos, em que Barthes elabora, à sua maneira, uma espécie de etnografia da cultura oriental, especialmente a arte de vida japonesa, que será para ele como a revelação de uma estética muito pessoal, que ele parece ter intuído desde O Grau zero da escritura: a estética do vazio. Essa estética encontra, por hipótese, conclusão sob o nome de Neutro, essa utopia da linguagem que suspende toda a significação. A meio caminho entre O Grau zero da escritura e O Neutro, O Império dos signos será o pivô desta pesquisa.

Biografia do Autor

Rodrigo Fontanari, Universidade de Sorocaba

Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Fez pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisador associado ao Réseau International Roland Barthes.

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Publicado

2018-12-29

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Artigos