Entrevista com Abdellah Taïa

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Resumo

Abdellah Taïa esteve na Faculdade de Letras da UFRJ, na ocasião do lançamento de seu terceiro livro traduzido no Brasil – Viver à sua luz. O encontro entre o escritor, Flavia Trocoli, Davi Pimentel, Francisco Renato de Souza, docentes e discentes, suscitou questões em torno da fragmentação, da memória, da enunciação em primeira pessoa, das tensões entre Marrocos e França, mas, principalmente, naquela manhã de outono no Brasil, ouviu-se o testemunho de uma escrita que mantém viva as vozes de seus fantasmas, de sua mãe, de suas irmãs, de seus amantes, do que se calou na vida. Tal polifonia literária foi belamente condensada, por Taïa, na seguinte formulação: “Acho que não procurei ser escritor. Foi só uma continuidade lógica que fez com que eu fosse esse que continuasse a dizer essas vozes, a minha voz e as outras vozes. E elas se misturam, todas. Acho que, hoje, isso é ser gay, você recolher essas vozes de todos, a memória de todos os outros, e escrever.”

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Publicado

2024-03-12

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