Ensaiar a incerteza: “a ideia de poesia” como questão para a prosa

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Resumo

Partindo do debate crítico a respeito de uma “ideia de prosa” como horizonte para a poesia contemporânea, em que está implicada certa compreensão histórica da prosa relacionada à atualidade e à consequência política, proponho, por meio de leituras localizadas das obras heterogêneas de Jorge Luís Borges, Michel de Montaigne e Machado de Assis, uma determinada herança narrativa que possa inverter os vetores tradicionais do problema. Ainda que distante de experimentações hibridizantes com o poético, a prosa descrita constitui-se em direção a uma “ideia de poesia” e, por meio de elaborações sobre o mistério, o sublime e a experiência do sensível, elabora outros modos para experienciar a responsabilidade do literário. A hipótese é a de que o gênero ensaio, sobretudo a partir do aproveitamento das consequências da obra de Montaigne, configura-se como herança possível para que a prosa ensaie formulações sobre o literário em sintonia com o pensamento poético.

Biografia do Autor

Guilherme de Souza Lopes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Guilherme de Souza Lopes. Doutorando do PPG em Teoria e História Literária pela UNICAMP, Mestre em Teoria e História Literária pela UNICAMP e graduado em Licenciatura em Letras Português-Inglês pela UNESP – Campus São José do Rio Preto.

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Publicado

2024-10-26

Edição

Seção

Dossiê