Frase, verso, hiato. E desejo
Resumo
Trata-se de uma tentativa ensaística de responder a um fetiche comum ao ensaio e à poesia: a carne da língua. Se o hiato entre duas carnes parece ser condição da vida do desejo, poesia e ensaio movem-se com frequência pelo ânimo ardiloso de instaurar hiatos eróticos na carnadura das frases e dos versos, esgarçando a trama habituada das palavras. É de modo atento a esses ardis que aqui se busca explorar, no corpo e na linguagem, os abismos entre uma carne e outra carne; escrever contra e com o espaço entre as carnes. Nesse sentido, ao longo de dez seções, o escrito coleciona pedaços de ensaios e poemas de um conjunto heterogêneo de autores – de Georges Bataille a Lydia Davis, de Roberto Corrêa dos Santos a Adília Lopes –, aos quais quer responder sensivelmente, valendo-se de movimentos análogos àqueles suscitados pelo risco da experiência erótica: sustos, elipses, solavancos.
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