Pensar com as mãos: História(s) do cinema, da tela à página
Resumo
Neste artigo partimos da relação entre ensaio e poesia para comparar as versões em vídeo e em livro das História(s) do cinema (1998), de Jean-Luc Godard. Ao propormos um estudo comparativo, a passagem da tela à página, bem como do filme-ensaio ao livro de poesia, se baseia nos traços de edição deixados na transposição de mídias. Pelos traços de edição, voltamos à relação de Godard com o ensaio, articulação baseada no modo como Starobinski concebe Montaigne enquanto alguém que se aplica a “Pensar com as mãos”, retomando o livro homônimo de Rougemont, igualmente citado por Godard nas História(s). Com isso, Starobinski nos ajuda a circunscrever uma figura central do pensamento em Godard, e nos leva rumo à poesia.
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