Pensar com as mãos: História(s) do cinema, da tela à página

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Resumo

Neste artigo partimos da relação entre ensaio e poesia para comparar as versões em vídeo e em livro das História(s) do cinema (1998), de Jean-Luc Godard. Ao propormos um estudo comparativo, a passagem da tela à página, bem como do filme-ensaio ao livro de poesia, se baseia nos traços de edição deixados na transposição de mídias. Pelos traços de edição, voltamos à relação de Godard com o ensaio, articulação baseada no modo como Starobinski concebe Montaigne enquanto alguém que se aplica a “Pensar com as mãos”, retomando o livro homônimo de Rougemont, igualmente citado por Godard nas História(s). Com isso, Starobinski nos ajuda a circunscrever uma figura central do pensamento em Godard, e nos leva rumo à poesia.

Biografia do Autor

Mario Sagayama, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Mario Sagayama. Bacharel em Letras e Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo, com dissertação sobre a obra final de Samuel Beckett. A partir dessa pesquisa, publicou o livro Ele fala de si como de um outro: ensaio sobre a voz em Samuel Beckett (Annablume, 2018). Atualmente, é doutorando na mesma instituição, com pesquisa sobre a versão em livro das História(s) do cinema, de Jean-Luc Godard.

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Publicado

2024-10-26

Edição

Seção

Dossiê