Produção do conhecimento sobre gênero: contribuições para o campo acadêmico da Educação Física em Goiás

Autores

  • aline silva nicolino Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás(FEFD/UFG), Goiânia/GO.
  • Ana Márcia Silva Professora da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG), Goiânia/GO.
  • Milena Louise Rodrigues Rosa Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física na Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG), Goiânia/GO.

Palavras-chave:

Gênero, Educação Física, Esporte, Escola, Formação Profissional.

Resumo

O presente estudo objetiva mapear a produção de conhecimento sobre gênero a partir da analise de 1437 monografias produzidas no final dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, de uma universidade pública em Goiás/Brasil, entre os anos de 1994 e 2017, assim como os Projetos Político Pedagógicos (PPPs) de ambos os cursos. O levantamento mostrou que somente 25 (1,74%) monografias abordavam as temáticas de gênero, tratadas em diferentes contextos: esportivo (11), escolar (4), das lutas (4), de formação e pesquisa (3) e de outras práticas corporais (2). As análises indicam uma maior produção sobre gênero dentro do contexto esportivo, sobretudo, no futebol, denunciando a discriminação sofrida pelas mulheres nessa modalidade. Mostram, ainda, que é preciso colocar em suspeição as “verdades” de pensamentos que marcam historicamente a condição desigual entre homens e mulheres nas práticas corporais e esportiva, sendo a formação inicial e continuada um meio potente para (re-des)construir linguagens de preconceito e discriminação no campo da Educação Física. 

Biografia do Autor

aline silva nicolino, Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás(FEFD/UFG), Goiânia/GO.

Professora Associada da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG) e do Curso de Mestrado em Direitos Humanos (UFG). Formada em Educação Física (UNESP/Rio Claro), Doutora em Enfermagem Psiquiátrica (USP/Ribeirão Preto) e Pós-Doutora em Educação (UFMG). Pesquisadora do Labphysis (FEFD).

Ana Márcia Silva, Professora da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG), Goiânia/GO.

Professora Títular da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG) e do Curso de Mestrado em Educação Física pela mesma unidade. Formada em Educação Física e Pesquisadora do Labphysis (FEFD).

Milena Louise Rodrigues Rosa, Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física na Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (FEFD-UFG), Goiânia/GO.

Formada em Direito pela PUC/GO e bolsista de iniciação científica (PROLICEN), pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Referências

Entendemos que embora gênero esteja diretamente ligado à sexualidade, ambos não apresentam o mesmo significado, “gênero refere-se à condição social pela qual somos identificados como homem ou como mulher e a sexualidade refere-se a forma pela qual vivemos nossos desejos e prazeres corporais” (BRITZMAN, 1996, p.76). Apesar das diferenças alguns trabalhos trazem a discussão de sexualidade por meio do gênero, por isso, optamos em analisar essa questão.

Esse lugar de fala não pensa o “discurso como um amontoado de palavras ou concatenação de frases que pretendem um significado em si, mas como um sistema que estrutura determinado imaginário social, como proposto por Djamila Ribeiro (2018, p. 56),”.

Somente a partir do ano de 2015 houve a exigência da entrega da monografia no formato digital.

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Publicado

2019-08-05

Edição

Seção

Artigos