EFEITO AGUDO DO MÉTODO DE ALONGAMENTO FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA DE MÚSCULOS AGONISTAS E ANTAGONISTAS NO VOLUME TOTAL DE REPETIÇÕES EM HOMENS TREINADOS

Autores

  • Fabiana Estrella De Melo Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Lenisa Barros da Silva De Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Fabio Henrique De Freitas Universidade Federal do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0002-4545-1388
  • Humberto Lameira Miranda Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

exercícios de alongamento muscular, força muscular, músculos agonistas e antagonistas, facilitação neuromuscular proprioceptiva.

Resumo

Introdução: alguns estudos mostram que o alongamento pode promover efeitos deletérios no desempenho da força. Todavia, algumas evidências elucidam que os exercícios de alongamento, quando aplicados nos músculos antagonistas, podem promover melhoras no desempenho da força de músculos agonistas. Objetivo: investigar o efeito agudo do alongamento facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) de músculos agonistas e antagonistas no volume total de repetições no exercício deadlift romeno, em homens treinados. Materiais e métodos: a amostra foi composta por sete homens treinados. Foram realizadas seis visitas com intervalos de 48 horas entre elas. A entrada nos protocolos experimentais foi aleatória e realizada em três dias distintos; 1) protocolo tradicional (PT); 2) protocolo alongamento FNP de antagonistas (FNPANT); 3) protocolo alongamento FNP de agonistas (FNPAG). Resultados: foram observadas diferenças significativas entre os grupos experimentais PT e FNPAG; FNPAG e FNPANT no volume total de repetições. Além disso, não foram observadas diferenças significativas entre os protocolos experimentais FNPANT e PT no volume total de repetições. Conclusão: sugere-se que treinadores e profissionais do condicionamento físico não utilizem exercícios de alongamento FNP, como parte integrante de uma sessão de TF, com o intuito de não influenciar negativamente o desempenho da força.

Biografia do Autor

Fabiana Estrella De Melo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força – Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Escola de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Lenisa Barros da Silva De Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força – Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Escola de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Fabio Henrique De Freitas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 

LADTEF - Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil.

Humberto Lameira Miranda, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 

LADTEF - Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil.

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Publicado

2023-03-08

Edição

Seção

Artigos