Tenta-se mapear os desencontros entre interesses e expectativas dos índios mbyá guaraní e as políticas governamentais que se instrumentalizam com financiamento internacional. As reuniões que se articulam entre técnicos de um programa de extensão rural do Estado do Rio Grande do Sul e os grupos mbyá guaraní, assim como as visitas que os autores realizam às comunidades indígenas, constituem o espaço privilegiado para o olhar antropológico. Território, territorialidade e mobilidade são analisados como discursos cruzados onde o paliativo trata de tornar-se estrutural e a territorialidade território. Frente à segmentação das políticas de Estado, os mbyá traçam suas próprias estratégias e linhas de fuga dentro de uma particular situação histórica.