A Proteção que Faltava: O Reformatório Agrícola Indígena Krenak e a Administração Estatal dos Índios

Autores/as

  • José Gabriel Silveira Corrêa

Palabras clave:

política indigenista, tutela, Reformatório Agrícola Indígena Krenak, Krenak

Resumen

O presente texto procura recuperar a história de uma instituição criada para corrigir indígenas considerados criminosos e que funcionou nos primeiros anos da criação da FUNAI, o Reformatório Agrícola Indígena Krenak. A reconstituição desta “estória” parece significativa diante da maneira pontual com que o reformatório tem aparecido tanto na literatura dedicada às populações indígenas, como naquela dedicada a política indigenista desenvolvida pelo Estado brasileiro. Esta situação fica evidenciada nos relatos sobre o grupo indígena Krenak, identificados na área do presídio, cujo cotidiano foi modificado por essa instituição. O “caso” do reformatório abre também a possibilidade de se desnaturalizar as ações e projetos dos órgãos estatais encarregados da proteção e/ou assistência aos índios. A experiência do reformatório quando comparada às práticas exercidas pelos funcionários do órgão encarregado da tutela e exigidas dos índios – provavelmente até hoje – possibilita reavaliar as bases cotidianas que fundamentam a proteção aos índios e as relações de dominação estabelecidas entre os grupos indígenas e funcionários, tanto no período do SPI como da FUNAI.

Publicado

2021-12-09

Número

Sección

SUMÁRIO