PROFETAS INDÍGENAS E A DESARTICULAÇÃO DO TRABALHO NAS ENCOMIENDAS E NA LAVOURA AÇUCAREIRA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O TAKI ONQOY E A SANTIDADE DE JAGUARIPE (SÉC. XVI)

Autores

  • Natália de Souza Miranda Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Indígenas, Movimentos messiânicos, Taki Onqoy, Santidade da Jaguaripe

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre o impacto dos movimentos messiânicos indígenas na organização do trabalho colonial no século XVI. Para isso, compara dois movimentos: o Taki Onqoy, ocorrido no Peru, e a Santidade de Jaguaripe, que se deu na capitania da Bahia. Partindo da perspectiva das histórias conectadas, de Sanjay Subrahmanyam (GRUZINSKI, 2003), demonstraremos como os profetas indígenas criaram narrativas cosmológicas sobre a colonização e de que forma elas conseguiram, em alguma medida, desarticular o trabalho compulsório nas encomiendas andinas e nos engenhos açucareiros baianos. Discutimos ainda o papel dos diferentes atores coloniais no processo de denúncias e omissões que envolveram a descoberta e o combate a esses movimentos.

Biografia do Autor

Natália de Souza Miranda, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em História pelo Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS/UFRJ)

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Publicado

2022-08-31