"EU FICO GRANDE NUMA SERRA": RAÇA, RACISMO E CORPOREIDADE NEGRA COMO MAPA DE UM DEVIR DO MUNDO
Keywords:
Raça e Racismo, Ficção civilizatória, HistoricidadeAbstract
Este artigo procura historicizar as formações ideopolíticas, simbólicas, discursivas e materiais dos conceitos de raça e racismo, e suas elaborações, enquanto ficção civilizatória da branquidade moderna colonial de construção das subjetividades (negras e não-negras) e seu inconsciente. Pelas noções de corpo/corporeidade e territórios negros, procura trazer também a valorização das experiências históricas e etnogeográficas comuns de resistência e dinâmicas culturais afrocentradas em continente americano como núcleo da viragem epistêmico- metodológica desmobilzadora do modelo branco-ocidental de produção do conhecimento.References
Livros
ASANTE, Molefi K. Afrocentricity. Trenton: Africa World Press, 1988.
AZEVEDO, Celia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no
imaginário das elites – século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
BRIENEN, Rebecca Parker. Albert Eckhout: visões do paraíso selvagem. Rio de
Janeiro: Editora Capivara, 2010.
CHAUÍ, Marilena (1984). Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2000.
DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente, 1300-1800: uma cidade sitiada.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
FALCON, Francisco José Calazans (1986). Iluminismo. 4a ed. São Paulo: Ática, 2009.
LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. Santos/SP: Martins
Fontes, 1970.
ROUSSEAU, Jean-Jacques (1762). O contrato social. Discurso sobre a desigualdade.
WHEELER, Roxann. Complexion of Race: categories of difference in Eighteenth-
century British culture. Philadelphia, Pennsylvania: University of Pennsylvania Press, 2000.
Capítulos de livros
CURTO, Diogo Ramada. Cultura escrita e práticas de identidade (1570-1697). In:
______. Cultura imperial e projetos coloniais (séculos XV a XVIII). São Paulo/Campinas:
Unicamp, 2009.
FANON, Frantz (1952). A experiência do vivido. In: ____. Peles negras, máscaras
brancas. Salvador: UFBA, 2008.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina.
LANDER, E (org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y Ciencias Sociales. CLACSO:
Unesco, 2000.
RATTS, Alex. Corpo/mapa de um país longínquo. Intelecto, memória e corporeidade.
In: ______. Eu sou atlântica – sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006, pp. 61-69.
Artigos em periódico
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais
Hoje, Anpocs, 1984, pp. 223-244.
______. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro. Rio de
Janeiro, n. 92/93 (jan./jun.), 1988b, pp. 69-82.
HUDSON, Nicholas. From ‘nation’ to ‘race’: the origin of racial classification in
Eighteenth-century thought. Eighteenth-century studies, vol. 29, n. 3, spring 1996, pp. 247-
LUGONES, María. Hacia un feminismo descolonial. La manzana de la discordia,
julio-diciembre, año 2011, vol. 6, n. 2, pp. 105-119.
NASCIMENTO, Maria Beatriz. A mulher negra e o amor. Jornal Maioria Falante, n.
, fev.-mar. 1990, p. 3.
VAUGHAN, Alden T. From white man to redskin: changing Anglo-American
perceptions of the American Indians. American Historical Review, vol. 87, n. 4, oct. 1982, pp.
-953.
ZITO, Joel Araújo. A força de um desejo – a persistência da branquitude como padrão
estético audiovisual. Revista USP, São Paulo, n. 69, pp. 72-79, março/maio 2006.
Tese
SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”:
Raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese de doutorado
submetida ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia. São Paulo, 2012.
Filme
NASCIMENTO, Maria Beatriz. Textos e narração de Ori. Transcrição (mimeo),
Downloads
Published
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.