Ecos de ressentimentos e impotência: o perdão nos anos 30, um passeio em "Raízes do Brasil"

Autores/as

  • Gizelly Rezende Vieira Universidade Federal do Espírito Santo

Palabras clave:

História, Ressentimentos, Geração de 1930,

Resumen

Buscamos discutir questões relevantes tanto no âmbito teórico-metodológico, quanto no âmbito temático, apropriando-nos da ideia de ressentimentos e da teoria psicanalítica, para demonstrar o enlace profícuo entre história e literatura e história e psicologia, atravessando as fronteiras entre as ciências humanas ao desviar o olhar para os mecanismos psicológicos e sociais que regem as formas de interação entre os indivíduos e o ambiente que os cerca. De tal modo, propomos a leitura que percebe a obra Raízes do Brasil como ensaio que manifesta ressentimentos de determinado grupo dentro do contexto histórico pós Revolução de 1930 e de institucionalização do modernismo.

Biografía del autor/a

Gizelly Rezende Vieira, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda em História Social das relações políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES). E-mail: gisellyrezendevieira@gmail.com.

Citas

ANSART, Pierre. História e Memória dos Ressentimentos. In: BRESCIANI, Stella; NAXARA, Marcia Regina (org.). Memória e (res) sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004, p. 15–36.

BARROS, Márcia. História e Psicanalise – um diálogo possível. IN: SOUZA, Olga Maria Machado Carlos de; SOUBBOTNIK, Michel Alain (Org.). Enlaces: psicanálise e conexões. Vitória – Espírito Santo: GM Gráfica & Editora, 2008, p.67–80.

BRESCIANI, Maria Stella Martins. Comunicação à 35ª Reunião Anual da SBPC. 1983, mimeo, p.8.

CANDIDO, Antônio. Post-Scriptum. IN: HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p.12–24.

CHAUÍ, M. FRANCO, Maria Sylvia Carvalho. Ideologias e Mobilização Popular. Cedec/Paz e Terra, 1978.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande & senzala. 46. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2002.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. 16. ed. São Paulo: Global, 2006.

GINZBURG, Carlo. Os andarilhos do bem: feitiçarias e cultos agrários nos séculos XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Revista Ars Historica, ISSN 2178-244X, nº 7, Jan/Jul 2014, p. 1-13. | www.historia.ufrj.br/~ars/ 13

GINZBURG, Carlo. Relações de força: história, retórica, prova. São Paulo: Cia das letras, 2002.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

LENHARO, Alcir. Pátria como família. In: LENHARO, Alcir. A sacralização da política. Campinas: papiros, 1986.

LEVI, Giovanni. Usos da biografia. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996.

REVEL, Jacques. Jogos de escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

RICOEUR, Paul. Interpretação e ideologias. 4. ed. - Rio de Janeiro: F. Alves, 1990.

TODOROV, Tzvezan. As categorias da narrativa literária. In: BARTHES, Roland; ECO, Umberto; TODOROV, Tzvetan. Análise estrutural da narrativa: pesquisas semiológicas. 3. ed. - Petrópolis: Vozes, 1973, p.209–253.

VECCHI, Roberto. A insustentável leveza do passado que não passa: sentimento e ressentimento do tempo dentro e fora do cânone modernista. In: BRESCIANI, Stella; NAXARA, Marcia Regina (org.). Memória e (res) sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004, p.457–469.

Publicado

2021-07-22

Número

Sección

Artigos Livres