GUERRA REVOLUCIONÁRIA: A INFLUÊNCIA FRANCESA NA DOUTRINA DE CONTRA INSURREIÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO - 1959-1975
Palabras clave:
Guerra Revolucionária, Guerra Fria, Exército BrasileiroResumen
Neste trabalho pretende-se demonstrar que, quando os eventos de 1968 estavam acontecendo, o Exército Brasileiro tinha desenvolvido, desde a década de 1950, todo um arcabouço doutrinário para compreender a Guerra Fria e o lugar do Brasil neste conflito. Acreditando que o país deveria se preparar para um eventual conflito interno provocado pela infiltração comunista, o Exército lançou um manual militar que visava entender e enfrentar supostas ameaças de uma revolução comunista no país. O artigo se propõe a analisar essa fonte, produzida durante um período de convulsão política e social marcado por fortes contestações ao regime militar e que testemunhou o posterior recrudescimento da ditadura e dos grupos de luta armada.Citas
Fontes
BRASIL. Ministério do Exército. Manual de campanha: Guerra Revolucionária. Rio de
Janeiro: Ministério do Exército, 1968.
______. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Boletim do Exército no 29/2003.
Brasília: Ministério da Defesa, 2003.
______. Ministério da Defesa. Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais.
Doutrina Militar de defesa. 2a. ed. Brasília: Ministério da Defesa, fev. 2007.
______. Estado Maior das Forças-Armadas. Fragoso, A. Introdução ao estudo da guerra
revolucionária. Rio de Janeiro: Estado Maior das Forças-Armadas, 1959. Disponível em
http://www.arqanalagoa.ufscar.br (Acesso em março de 2016).
Livros
CHIRIO, M. A política nos quartéis: revoltas e protestos de oficiais na ditadura militar
brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
COMBLIN, J. A ideologia da segurança nacional: o poder militar na América Latina.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
DUARTE-PLON, L. A tortura como arma de guerra: da Argélia ao Brasil. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
NAPOLITANO, M. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Editora
Contexto, 2014.
STONE, L. Causas da revolução inglesa: 1529-1642. Bauru: EDUSC, 2000, pp. 37-70.
Capítulos
MARTINS FILHO, J. R. Forças Armadas e política, 1945-1964: a ante-sala do golpe. In:
FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. O Brasil Republicano: o tempo da experiência
democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
SHY, J.; COLLIER, T. W. Guerra Revolucionária. In: PARET, Peter. Construtores da
estratégia moderna. Rio de Janeiro: Bibliex, 2001.
Periódicos
ARAÚJO, R. N. L-art français de la guerre. Transferts de la doctrine de la guerre
révolutionnaire au Brésil (1958-1974). Cahiers des Amériques Latines, Paris, n. 70, pp. 39-58,
ARAUJO, R. N.; MARIN, R. Guerra Revolucionária: afinidades eletivas entre oficiais
brasileiros e a ideologia francesa (1957-1972). In: D ; et al. (Orgs).
Defesa, Segurança Internacional e Forças Armadas I Encontro Nacional da Associação
Brasileira de Estudos de Defesa (ABED). Campinas: Mercado das Letras, 2008.
FICO, C. Versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Revista Brasileira de
História, São Paulo, v. 24, n. 47, pp. 29-60, 2004.
GOMES, A. C. Reflexões em torno de populismo e trabalhismo. Varia Historia, Belo
Horizonte, v. 18, n. 28, pp. 55-68, dez. 2002.
MARTINS FILHO, J. R. As políticas militares dos EUA para a América Latina: 1947-
Teoria & Pesquisa. São Carlos, v. 1, n. 46, pp. 105-139, 2005.
MARTINS FILHO, J. R. A influência doutrinária francesa sobre os militares brasileiros
nos anos de 1960. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 23, n. 67, pp. 39-50, jun. 2008.
NAPOLITANO, M. O golpe de 1964 e o regime militar brasileiro: apontamentos para
uma revisão historiográfica. Contemporánea, Montevideo, v. 2, n. 2, pp. 209-217, 2011.
Disponível em http://www.geipar.udelar.edu.uy/wp-content/uploads/2012/07/Napolitano.pdf
(Acesso em abril de 2017).
OLIVEIRA, A. M. O pensamento geopolítico na construção da doutrina das Forças
Armadas brasileiras (1945-1964). In: Anais Eletrônicos do XXVIII Simpósio Nacional de
História, Florianópolis, 2015, pp. 1-22.
TINTO, D. R. Deterrence e Détente: uma breve discussão metodológica. Polímnia,
Lisboa, v. 1, n. 2, 2011, pp. 27-35. Disponível em
http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1427431512_ARQUIVO_ADRIANOtexto-
anphu-Copia.pdf (Acesso em setembro de 2016).
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.