UM CORPO SEM CASTIDADE: LEILA FERRAZ E O MOVIMENTO SURREALISTA NA CIDADE DE SÃO PAULO ENTRE OS ANOS DE 1950 E 1967
Mots-clés :
surrealismo, temporalidade, Leila FerrazRésumé
O presente artigo tem como objetivo discutir a emergência histórica do movimento surrealista na cidade de São Paulo e, a partir de uma problemática da formulação de temporalidades, abarca o fim da década de 1950 e até 1967. Buscamos localizar representantes da arte surrealista em meio ao debate político e estético da época, dividido entre as vanguardas concretas e a arte dita participante e suas ênfases. Para debater aspectos fundamentais do surrealismo paulistano, destacamos, na parte final deste texto, a obra de Leila Ferraz. Nosso
propósito é entender como a produção intelectual dessa poeta, ensaísta e artista plástica, a partir das tópicas surrealistas, apresenta-se como transgressora e, simultaneamente, acaba por propor uma imagem essencialista do feminino. Essa compreensão da essência feminina estava intimamente relacionada à tentativa de propor uma utopia mítica e uma temporalidade marcada por contradições históricas.
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