ENTRE BRÁS E GUIOMAR: GÊNERO E HISTÓRIA DAS MULHERES EM MACHADO DE ASSIS E JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Parole chiave:
Machado de Assis, Júlia Lopes de Almeida, gêneroAbstract
A partir das obras Memórias póstumas de Brás Cubas (1880-1881) e A Silverinha: crônica de verão (1914), propomos uma análise acerca de gênero e história das mulheres, lançando luz sobre as experiências femininas e identificando a agência das mulheres na sociedade burguesa do Rio de Janeiro entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX. Para tanto, tivemos três focos de interpretação dessas fontes literárias: a hipocrisia das elites, a complexidade dos protagonistas e a questão do adultério feminino. Nesse sentido, buscamos ressaltar as críticas que os autores elaboram acerca de sua época, ofertando uma análise que envolve aproximações e divergências entre as duas obras, o que também inclui o debate acerca da autoria feminina.Riferimenti bibliografici
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 2003. Tradução de Renato Aguiar.
CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, Historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CHALHOUB, Sidney; NEVES, Margarida de Souza; PEREIRA, Leonardo A. de Miranda. História em cousas miúdas. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005, p. 14.
GLEDSON, John. Machado de Assis: Ficção e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
MEYER, Marlyse. Caminhos do imaginário no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007. Tradução de Angela M. S. Correa.
PINTO, Ana Flávia Magalhães. Escritos de liberdade: literatos negros, racismo e cidadania no Brasil oitocentista. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2018.
RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar e resistência anarquista, Brasil 1890-1930. São Paulo: Paz e Terra, 2014, 4ª edição.
SCHMIDT, Rita Terezinha. Descentramentos/convergências: ensaios de crítica feminista. Porto Alegre: UFRGS, 2017.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil - 1870-1930. São Paulo: Cia das Letras, 1993.
TELLES, Norma. Encantações: escritoras e imaginação literária no Brasil, século XIX. São Paulo: Intermeios, 2012.
VARIKAS, Eleni. Pensar o sexo e o gênero. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016. Tradução de Paulo Sérgio de Souza Junior.
PAIXÃO, Sylvia. “Introdução”. In: ALMEIDA, Júlia Lopes de. A Silveirinha. Florianópolis: Editora Mulheres, 1997
SOIHET, Rachel. “Mulheres pobres e violência no Brasil urbano”. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997, pp. 362-400.
MUZART, Zahidé Lupinacci. “A questão do cânone”. Anuário de Literatura, Florianópolis, vol. 3, 1995, pp. 85-95.
RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, Gênero e História. In: PEDRO, Joana; GROSSI, Miriam (orgs). Masculino, Feminino, Plural. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil para análise histórica”. Recife: SOS Corpo, 1991. Tradução de Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila.
VARIKAS, Eleni. “Gênero, experiência e subjetividade: a propósito do desacordo Tilly-Scott”. Cadernos Pagu, nº 3, 1994, pp. 63-84
##submission.downloads##
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.