NO RASTRO DOS ANIMAIS: HISTORIOGRAFIA, CAÇADAS E EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS NO BRASIL
Parole chiave:
Animais não humanos, Historiografia brasileira, Viagens oitocentistasAbstract
Os animais não humanos figuram nas histórias humanas desde o início dos tempos. As sociedades retrataram seu medo das bestas feras, seu respeito às divindades antropozoomórficas, seu desejo de caça e sua imaginação, tornando-os seus outros e, muitas vezes, seus monstros. Arte, literatura, legislação e conhecimento científico tornam visíveis as relações historicamente construídas entre seres humanos e animais. A humanidade sempre compartilhou o planeta com os animais não humanos, os caçou, os comeu, conviveu com eles, compartilhou a morada e afetos. Com eles co-evoluiu. No campo das humanidades uma virada animal tem sido vista desde os anos 1980, impactando os estudos da história, da filosofia e das linguagens, promovendo tão ricos quanto controversos debates. Os animais têm sido objetos/sujeitos nos estudos da história ambiental, que desde os anos 1990, tem dedicado à eles inúmeros trabalhos de pesquisa e produções de grande impacto acadêmico. Percebe-se que a aproximação econômica ou simbólica com os humanos e os atributos das espécies têm sido os organizadores das análises em ambas as tradições. São estas as preocupações que orientam a proposta deste artigo, que em sua primeira parte mapeia estas “tradições” na historiografia contemporânea e na segunda parte evidencia as interações entre humanos e animais nos relatos das expedições científicas do século XIX.Riferimenti bibliografici
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