Poggio Bracciolini e as suas traduções latinas do grego
DOI:
https://doi.org/10.17074/cpc.v1i43.57137Resumo
O nome de Poggio Bracciolini não aparece entre o dos alunos de Manuele Crisolora que, convidado por Coluccio Salutati, ocupou a cátedra de grego em Florença de 1397 até 1400. Mas mesmo assim, Poggio deve ter aprendido os primeiros rudimentos do grego, graças à rede de amigos que o ligava ao círculo de jovens intelectuais, os quais frequentavam aquela escola (Leonardo Bruni, Roberto de Rossi, Palla Strozzi, JacopoAngelidaScarperia,PierPaoloVergerio,de acordo com a lista fornecida pelopróprio LeonardoBrunino seuCommentarius). Compartilhava com esse círculo o seu forte interesse pela abertura dos studia humanitatisem direção à língua, à literatura e aos conhecimentos helênicos, compreendendo o profundo e inovador significado cultural do ensinamento de Crisolora. Todavia, somente muitos anos mais tarde, tendo retornado à Cúria, depois do Concílio de Constança e, após o exílio inglês, Poggio provou ser capaz de abordar diretamente a língua grega, fazendo-o graças à ajuda de seu amigo Rinuccio di Castiglion Fiorentino, de quem apreciava a cultura e o grande conhecimento de grego: «Doctrinam laudo, sed ut peritiorem grece lingue quam latine» (“Louvo a [sua] cultura, que, no entanto, é mais completa na língua grega do que na latina”). Rinuccio – que tinha estudado a língua grega em Constantinopla e, mais tarde, em Creta, com o bibliófilo erudito e Protopapa de Candia(atual Herakleion),Giovanni Simeonachis– voltou do Oriente junto de Giovanni Aurispa, em 1423.
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