Itinerário demental para composição de poetas
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2017.v9n17a17324Resumo
Ser demente comumente significa não estar bem das ideias. Mas na poética de Manoel de Barros é quando alguém ouve a própria ressonância nas palavras. Podemos acreditar que essa demência seja coisa de poeta, que se ouve nas palavras e procura poesia onde talvez ela ainda não exista. Com Augusto de Campos, percebemos que querer achar um sentido cabal para a poesia é um “quase”, uma falta que persiste. Então, para buscar esse quase, essa falta, há um percurso, um itinerário demental, trilhado neste ensaio a partir de Manoel de Barros, passando por Augusto de Campos, Paulo Leminski, Nicolas Behr, entre outros.Referências
BACHELARD, Gaston. “Instante poético e instante metafísico”. In: ______. O direito de sonhar. Tradução de José Américo Motta Pessanha, Jacqueline Rass et al. São Paulo: Difel, 1985.
BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão (poesia quase toda). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990.
______. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010a.
______. Manoel de Barros. Organização de Adalberto Müller e apresentação de Egberto Gismonti. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010b. (Encontros).
BEHR, Nicolas. Laranja seleta. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2007.
BRANCO, Lucia Castello & SANNA, Gabriel. Língua de brincar. Youtube, 2007. 70 minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xvz14rthe3M. Acesso em 25 de março de 2016.
CAMPOS, Augusto de. Não (com CD-Rom CLIP-POEMAS). São Paulo: Perspectiva, 2003.
FOGEL, Gilvan. “Pensamento, elemento, transcendência”. Scintilla -- Revista de Filosofia e Mística Medieval. Curitiba: Instituto de Filosofia São Boaventura; Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval; Centro Universitário Franciscano, v. 1, nº 1, 2009.
JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005.
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
PAZ, Octavio. O arco e a lira: o poema. A revelação poética. Poesia e história. Tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify; Fondo de Cultura Económica, 2012.
SISCAR, Marcos. “A cisma da poesia brasileira”. Germina -- Revista de Literatura & Arte. Dez. 2005. Disponível em: http://germinaliteratura.com.br/sibila2005_acismadapoesia.htm. Acesso em 25 de março de 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea concordam com os seguintes termos:Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pelo Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.