CLAUDIA ROQUETTE-PINTO: “É impossível verbalizar o que realmente interessa”.

Autores

  • Dau Bastos Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Eduardo Coelho Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Lucas Magdiel Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2012.v4n7a17354

Resumo

Claudia Roquette-Pinto integra o reduzido rol dos artistas contemporâneos a manter a metafísica como horizonte. Em vez de se enredar na teologia, porém, encara a impossibilidade de dar conta do inefável como estímulo para aprofundar a lida com a linguagem, instada a conectar o etéreo e o corpóreo, a especulação filosófica e a carga cotidiana.

Afeita ao diálogo com escritores e poetas, Claudia incorpora trechos alheios a seu próprio texto, por vezes criando poemas que impressionam pela singularidade com que harmonizam múltiplas vozes. Igual abertura demonstra em relação a outras artes, que aproveita como motivo ou inspiração, ao mesmo tempo que as pratica com a intensidade com que faz poesia.

Sua condição de criadora multimídia talvez explique um charmoso desprendimento que a leva a cogitar de um dia parar de escrever. Tranquiliza-nos o fato de seus livros se mostrarem cada vez mais trabalhados e serem acolhidos com crescente entusiasmo pela crítica.

Sobre eles a poeta falou em sua casa, onde Dau Bastos, Eduardo Coelho e Lucas Magdiel estiveram numa noite especialmente chuvosa, propícia ao intimismo das conversas mobilizadoras.

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Publicado

2012-06-30

Edição

Seção

Entrevistas