A escola representada em <em>Enigmalião</em>, de Dinorath do Valle

Autores

  • Cleiry de Oliveira Carvalho
  • Cássio da Silva Araújo Tavares UFG

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2020.v12n24a38076

Palavras-chave:

ditadura militar, escola, violência, literatura brasileira, Dinorath do Valle.

Resumo

Neste ensaio, analisamos a violência em uma situação específica, a saber, a vivida em um ambiente educacional. Nossa análise perpassa (1) o problema de como a contradição entre educação e reprodução social se objetiva na formalização literária da escola na literatura brasileira e, de outro lado, (2) o problema da relação entre forma estética, técnica literária e formação social no processo histórico. Em Enigmalião, pode-se reconhecer o período histórico conhecido como Ditadura Militar e interpretar o que esse período representa politicamente para a educação. A violência se apresenta de diferentes formas e é muito ampla. De certa maneira, a violência persiste no tempo narrado e possibilita enxergar suas nuanças na escola de hoje. A violência, por ser um fato humano e social, é histórica. E está na escola – autoritarismo, submissão e resistência, conflitos entre educador e educando etc.

Biografia do Autor

Cleiry de Oliveira Carvalho

Possui graduação (2001) e mestrado (2007) em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e possui doutorado (2019) em Literatura e Práticas Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB). No magistério atuou na condição de professora-formadora na Secretaria de Educação de Marabá/Pará (2008-2010). Lá, participou de um projeto de Políticas Públicas destinado à Educação, que tem por nome “Extensão universitária em Gestão da Aprendizagem Escolar II - Língua Portuguesa (Gestar II)”, proposto pelo Ministério da Educação (mec) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Durante esse período atuando na Secretaria de Educação de Marabá, também atuou em uma Faculdade privada (Metropolitana/Uniasselvi), no curso de Letras. Assumiu, nos últimos meses residindo em Marabá (agosto 2009 - maio 2010), aulas no Ensino Médio após aprovação em concurso público Estadual. Em Goiânia trabalhou na Universidade Paulista (Unip) (2011) e na Faculdade de Educação/Universidade Federal de Goiás (UFG) (2012-2013). Também participou de organização de eventos acadêmicos na Universidade Federal de Goiás (UFG). Além de atuar na docência desenvolveu pesquisas nos seguintes temas: distribuição de livros, consumo e entretenimento, literatura narrativa de massa, industria cultural, formação do leitor e alguma produção de análises de obras de autores consagrados da Literatura Brasileira. Atualmente mantém interesse acadêmico pelas relações entre literatura, sociedade, cultura, história, política e formação social, sobretudo no Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6989-4266 E-mail: cleirycarvalho@yahoo.com.br

Cássio da Silva Araújo Tavares, UFG

Doutor em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela USP (2003), com Pós-Doutorado pela UnB (2006-2007). Tem experiência na área de Estudos Literários, concentrando seus interesses nas relações entre cultura, sociedade e história. Dessa perspectiva, dedicou-se a estudar, entre outros, os seguintes temas: o conto brasileiro; mimese e a crise da representação; a identidade cultural brasileira; Modesto Carone; Lima Barreto. Colaborou no desenvolvimento de um projeto de Licenciatura em Educação do Campo financiado pela SECAD-MEC, elaborado numa parceria entre a UnB e o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITERRA) e atuou no curso Licenciatura Plena em Educação do Campo da UFPA (Câmpus de Marabá). Hoje é professor na UFG, onde coordena o NEBraSS (Núcleo de Estudos Brasil: Sociedade e Produção Simbólica na Periferia do Capitalismo. Mantém particular interesse acadêmico pelas relações entre literatura, cultura, história e formação social.

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Publicado

2020-12-30

Edição

Seção

Ensaios