A escola representada em <em>Enigmalião</em>, de Dinorath do Valle
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2020.v12n24a38076Keywords:
ditadura militar, escola, violência, literatura brasileira, Dinorath do Valle.Abstract
Neste ensaio, analisamos a violência em uma situação específica, a saber, a vivida em um ambiente educacional. Nossa análise perpassa (1) o problema de como a contradição entre educação e reprodução social se objetiva na formalização literária da escola na literatura brasileira e, de outro lado, (2) o problema da relação entre forma estética, técnica literária e formação social no processo histórico. Em Enigmalião, pode-se reconhecer o período histórico conhecido como Ditadura Militar e interpretar o que esse período representa politicamente para a educação. A violência se apresenta de diferentes formas e é muito ampla. De certa maneira, a violência persiste no tempo narrado e possibilita enxergar suas nuanças na escola de hoje. A violência, por ser um fato humano e social, é histórica. E está na escola – autoritarismo, submissão e resistência, conflitos entre educador e educando etc.
References
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 ago. 1971.
CARONE, Modesto. Metáfora e montagem. São Paulo: Perspectiva, 1974.
EISENSTEIN, Sergei. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002a.
______. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002b.
FREITAS, Luiz Carlos de. “A internalização da exclusão”. Educação e sociedade. Campinas, vol. 23, n. 80, pp. 299-325, setembro/2002.
______. “A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão, velhas formas de subordinação”. Educação e sociedade. Campinas, vol. 25, n. 86, p. 133–170, abril/2004.
REZENDE, Vera Lúcia Guimarães. “Reflexões contemporâneas – um estudo sobre as crônicas de Dinorath do Valle na imprensa rio-pretense (1943 a 1956)”. Revista Olho d’água, São José do Rio Preto, 10(1), pp. 1-259, jan.-jun./2018.
______. Da crônica jornalística ao conto: a transformação da escrita em Dinorath do Valle. Tese de doutorado (UNESP). São José do Rio Preto, 2019.
SALI, Felipe. Afinal de contas, quem é Shazam? Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/afinal-de-contas-quem-e-shazam/ – publicado em 23 jul 2018, 18h05. Acesso em março de 2020.
SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre poesia e outros fragmentos. São Paulo: Iluminuras, 1994.
SILVA, Antonio Manoel dos Santos. Os bárbaros submetidos: interferências midiáticas na prosa de ficção brasileira. São Paulo: Arte & Ciência, 2006.
______. “Literatura: três vetores de uma relação”. Ilha do Desterro. Florianópolis, nº. 59, pp. 39-83, jul.-dez. 2010.
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno [1850–1950]. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
TAVARES, Cássio. “Considerações sobre a mimese em Lima Barreto”. In: X Congresso Internacional ABRALIC: Os lugares dos discursos. Rio de Janeiro: ABRALIC, 2006. Os anais estão disponíveis para download em seis partes compactadas nos links http://www.abralic.org.br/eventos/X_Congresso_2006.part1.rar a http://www.abralic.org.br/eventos/X_Congresso_2006.part6.rar. Acesso em 05/06/2020.
VALLE, Dinorath do. Enigmalião. São Paulo: Hucitec, 1980.
WATT, Ian. “O realismo e a forma romance”. In: A ascensão do romance. São Paulo: Cia. das Letras, 1990, pp. 11-33.
XAVIER, Ismail. “Eisenstein: a construção do pensamento por imagens”. In: NOVAES, Adauto (org.). Artepensamento. São Paulo: Cia. das Letras, 1994, pp. 359-374. Disponível também em: https://www.artepensamento.com.br/item/eisentein-a-construcao-do-pensamento-por-imagens/. Acesso em 28/06/2020.
ZOLA, Émile. Germinal. 2ª ed. São Paulo: Martin Claret, 2009.
______. “Senso do real”. In: Do romance. São Paulo: Imaginário: Edusp, 1995, pp. 23-48.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Autores que publicam no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea concordam com os seguintes termos:Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pelo Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.