A memória formalizada nos narradores de voz feminina em Bracher e Hatoum
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n10a17203Abstract
Os narradores de romances contemporâneos, como são os de Beatriz Bracher e Milton Hatoum, exigem uma análise dos deslocamentos dos sentidos do “narrar” em perspectiva histórica, que localizem o índice dessa contemporaneidade, porém aqui nos ateremos a algumas perspectivas acerca da voz que nos comunica os romances. Chamamos genericamente de “voz”, pois pretendemos nos deter na enunciação dos personagens-narradores: vozes femininas nos transmitem seus relatos de memória, de maneira direta e confessional, mas por meio de diários e cartas, uma mediação tão necessária na medida em que verdadeira. Cabe-nos perguntar a necessidade de tais plataformas para a realização desse discurso, para além da necessidade de produzir um registro escrito. Por que a necessidade de comunicar por esses registros paralelos, já tão em desuso na contemporaneidade?References
BENJAMIN, Walter. “O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, pp. 197-221.
BRACHER, Beatriz. Azul e dura. Rio de Janeiro: 7Letras, 2002.
EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 1976.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Revista dos Tribunais; Vértice, 1990.
HATOUM, Milton. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
PERROT, Michelle. “Práticas da memória feminina”. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 9, nº 18, ago.-set., 1989, pp. 9-18.
POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio”. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 2, nº 3, pp. 3-15, 1989.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Autores que publicam no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea concordam com os seguintes termos:Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pelo Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.