Max Martins: quando a escrita faz-se do (bio)gráfico entre verbos e farpas
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n9a17294Abstract
Se fosse possível apontar o rol de maestria entre os poetas deste Brasil que se vê à margem do eixo Centro-Sul, um deveria ser priorizado, encabeçando a lista, por necessidade de primor: Max Martins. O poeta integrou geração profícua de uma Amazônia equatorial e intelectualizante, formada por nomes de peso: Benedito Nunes, Haroldo Maranhão e Mário Faustino (para citar apenas três). Max, que entregou seu corpo à terra em 2009, deixou uma obra numericamente nem tão extensa, mas que o inscreve como um dos mestres da literatura brasileira contemporânea. Jovem, inseriu-se em uma geração de formação intelectual ao mesmo tempo amazônida e universal. O grupo era capitaneado intelectualmente pelo mestre Francisco Paulo Mendes, catedrático da Escola Normal do Pará. Certa hora, no simulacro de academia de letras que ele e seus contemporâneos criaram, Max Martins, irreverentemente, descabelou-se e, num rompante, bradou: “Morte à academia!” Estava batizado o magro, máximo poeta, que viria anos mais tarde a se transformar numa espécie de escritor-paradigma para os que, no Pará, desejam criar versos.
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