Max Martins: quando a escrita faz-se do (bio)gráfico entre verbos e farpas

Authors

  • Paulo Nunes Universidade da Amazônia (Unama), em Belém (PA)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n9a17294

Abstract

Se fosse possível apontar o rol de maestria entre os poetas deste Brasil que se vê à margem do eixo Centro-Sul, um deveria ser priorizado, encabeçando a lista, por necessidade de primor: Max Martins. O poeta integrou geração profícua de uma Amazônia equatorial e intelectualizante, formada por nomes de peso: Benedito Nunes, Haroldo Maranhão e Mário Faustino (para citar apenas três). Max, que entregou seu corpo à terra em 2009, deixou uma obra numericamente nem tão extensa, mas que o inscreve como um dos mestres da literatura brasileira contemporânea. Jovem, inseriu-se em uma geração de formação intelectual ao mesmo tempo amazônida e universal. O grupo era capitaneado intelectualmente pelo mestre Francisco Paulo Mendes, catedrático da Escola Normal do Pará. Certa hora, no simulacro de academia de letras que ele e seus contemporâneos criaram, Max Martins, irreverentemente, descabelou-se e, num rompante, bradou: “Morte à academia!” Estava batizado o magro, máximo poeta, que viria anos mais tarde a se transformar numa espécie de escritor-paradigma para os que, no Pará, desejam criar versos.

References

A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1992.

CABRITA, António. “Dosier Amazónica”, v. 1. Construções Portuárias. Porto: Cooperativa de Trabalhos Gráficos, 2002.

CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Tradução de Sandra Vasconcelos. 2ª ed. São Paulo: Beca, 1999.

FARES, Josse. “Entre eros e o verbo: Max Martins”. Asas da Palavra -- Revista da Graduação em Letras da Universidade da Amazônia. Belém: Unama, nº 11, 2000.

LIMA, Élida. Cartas ao Max: limiar afetivo da obra de Max Martins. São Paulo: Invisíveis Produções, 2013.

MARTINS, Max. Poemas reunidos: 1952-2001. Belém: EdUFPA, 2001.

NUNES, Benedito. “Mestre aprendiz”. In: MARTINS, Max. Poemas reunidos: 1952- 2001. Belém: EdUFPA, 2001.

PINHEIRO, Lenilde Andrade. Max Martins e a modernidade: uma poética (de tradução) da tradição ocidental. Dissertação de mestrado em Comunicação, Linguagem e Cultura. Universidade da Amazônia, Belém, 2011.

STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Tradução de Galeão Celeste. 2ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992.

Published

2013-06-30

Issue

Section

Ensaios