<em>Postcard</em>, de Marilene Felinto, e as lembranças de uma vida que às vezes volta
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2014.v6n11a17302Abstract
As narrativas que compõem a coletânea Postcard não têm continuidade explícita entre si, mas apresentam perspectivas sobre a existência e o mundo de personagens que, estejam numa cidade desconhecida do mundo ou numa casa conhecida da infância, partilham a mesma sensação de “absoluta falta de chão”. Os espaços se configuram como pedaços de tempo e as existências têm a espessura da ausência. É na convergência de trajetórias que os conflitos disseminados ao longo do livro são recolhidos e conciliados não em um ponto ou perspectiva única, mas em uma curva (sinuosa e reta) ambivalente: frente a uma esquina, há sempre mais de um trajeto a perseguir. Só nesse abraço os desamparados personagens parecem encontrar algum alento para o percurso da vida.References
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