“Duvido que alguém ainda se lembre de alguma coisa dos anos 70”: a memória da ditadura em <em>A mancha</em>, de Luis Fernando Verissimo

Authors

  • Vinicius Ribeiro de Andrade Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2014.v6n12a17307

Abstract

Uma década atrás, os quarenta anos do golpe militar rendeu uma série de publicações, a exemplo de uma narrativa de Luis Fernando Verissimo intitulada significativamente de A mancha. Este estudo realça a possibilidade de a ficção lançar luz sobre desvãos que, de tão subjetivos, sequer poderiam ser objeto da história. Entre eles, destaca-se, na pena crítica do autor gaúcho, nossa dificuldade em passar a limpo os fatos incômodos do passado.

References

ANGELO, Ivan. “Nós, que amávamos tanto a literatura”. In: SOSNOWSKI, Saúl & SCHWARTZ, Jorge (orgs.). Brasil: o trânsito da memória. São Paulo: Edusp, 1994.

CANDIDO, Antonio. “Censura-violência”. In: ______. Recortes. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004.

______. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.

DALCASTAGNÈ, Regina. O espaço da dor: o regime de 64 no romance brasileiro. Brasília: Editora UnB, 1996.

FRANCO, Renato. Itinerário político do romance pós-64: A festa. São Paulo: Editora Unesp, 1998.

GALVÃO, Walnice Nogueira. “As falas, os silêncios (Literatura e imediações: 1964-1988)”. In: SOSNOWSKI, Saúl & SCHWARTZ, Jorge (orgs.). Brasil: o trânsito da memória. São Paulo: Edusp, 1994.

GINZBURG, Jaime. Escritas da tortura. 2010. Disponível em http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=16200306#. Acesso em 19 nov. 2013.

NEVES, Teresa Cristina da Costa. “Trauma e narrativa: vozes silenciadas da tortura num conto de Verissimo”. Anais do XII Congresso Internacional da ABRALIC, 2011, Curitiba. Disponível em http://www.abralic.org.br/anais/cong2011/AnaisOn-line/resumos/TC0626-1.pdf. Acesso em 16 out. 2013.

PELLEGRINI, Tânia. Gavetas vazias: ficção e política nos anos 70. São Carlos: EdUFSCar, 1996.

SCHØLLHAMMER, Karl Erik. “Os cenários urbanos da violência na literatura brasileira”. In: HERSCHMANN, Michel; PEREIRA, Carlos Alberto Messeder; RONDELLI, Elisabeth & SCHØLLHAMMER, Karl Erik (orgs.). Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. “A história como trauma”. In: NESTROVSKI, Arthur & SELIGMANN-SILVA, Márcio (orgs.). Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000, pp. 73-99.

______. “Narrar o trauma: a questão dos testemunhos de catástrofes”. 2010. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pc/v20n1/05.pdf. Acesso em 16 nov. 2013.

TELES, Edson. “Políticas do silêncio: a memória no Brasil pós-ditadura”. Disponível em http://lasa.international.pitt.edu/members/congresspapers/lasa2009/files/TelesEdson.pdf. Acesso em 19 nov. 2013.

VERISSIMO, Luis Fernando. A mancha. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Published

2014-12-30

Issue

Section

Ensaios