RUBENS FIGUEIREDO: “A literatura como instituição ou como negócio não me desperta o menor entusiasmo”.
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2012.v4n7a17355Abstract
Rubens Figueiredo resiste bastante a falar sobre a própria obra. Esta entrevista é fruto de nossa insistência e se compõe de respostas recebidas pela internet, a partir de perguntas que Ana Ligia Matos e Dau Bastos formularam.
O pudor do ficcionista se estende à avaliação dos quatro romances e dos três livros de contos que publicou em vinte anos. Além de lhes negar grande importância, não se acredita com experiência suficiente para dar dicas aos novos autores. Aliás, chega a se confessar tão desorientado quanto no começo da carreira literária.
A tenacidade com que desfaz do caminho trilhado e da própria criação talvez explique a salutar crise que o levou a trocar o tom galhofeiro da louvada trilogia inicial pelo timbre grave de um mergulho honroso no lado obscuro da vida.
A reviravolta apenas aumentou o entusiasmo do público, que pôde apreciar o mesmo talento enfrentando o difícil desafio de abordar as trevas que nos povoa e oferecendo um texto igualmente caprichoso, para uma leitura das mais inspiradoras e aprazíveis.
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