É noite, é sempre noite no fim dos textos: confissão e literatura em Alejandro Zambra
Resumo
“Sempre se pede perdão quando se escreve”, é pensando com Derrida (1996) que este artigo visa discutir a noção de confissão encontrada no conto Meus Documentos do escritor chileno Alejandro Zambra. A pergunta que norteia esse trabalho é: seria a literatura um local de experiência de confissão assim como a religião? Para respondê-la, primeiramente, diferenciaremos a confissão em duas formas distintas, o ato religioso e o ato confessional da escrita. Na primeira nos embasaremos em Foucault (2006; 2009) e Santo Agostinho (1980), para analisar o contexto cristão em que o narrador está inserido. Na segunda, veremos com Derrida (1992, 1996), a passagem de cristão para não-crente até o narrador proclamar sua devoção à escrita literária.
Palavras-chave: confissão, literatura, Meus Documentos, Alejandro Zambra.
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