Matéria ou linguagem? Em torno de uma questão em Nuno Ramos
Resumo
Este artigo indica um percurso pela obra do escritor e artista plástico Nuno Ramos ao longo do qual se reúnem alguns traços que a compõem tanto do ponto de vista da plasticidade quanto da escrita. Nosso interesse é a maneira como ela é capaz de dar corpo a um pensamento, a despeito da fragmentariedade e da dispersão que a caracterizam, investigdas principalmente a partir da noção de amorfia, proposta por Rodrigo Naves. Ganha importância sobretudo certa discussão acerca da linguagem, em particular algumas questões a respeito da denotação e do caráter universalizante da abstração linguística. O que é central para este artigo é a maneira como essas questões se apresentam na obra de Ramos, por um acúmulo de ocorrências que se tecem entre a obra visual e o texto, adensando-se como um pensamento sempre interrompido e, em seguida, retomado, sob múltiplos meios. Para tanto, apresentam-se uma série de trabalhos plásticos de Ramos, sobretudo os da exposição "Cal", de 1987, e "Montes", de 1994. Do ponto de vista literário, o texto mais importante para esta análise é "Cujo", de 1993.Downloads
Publicado
2020-04-19
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Artigos
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