Leitura com Virginia Woolf
Resumo
Este artigo tem por objetivo tecer algumas considerações sobre o processo de leitura no universo woolfiano, tomando, como ponto de partida, uma interpretação da imagem-questão da rede, utilizada pela autora em diversas obras, mas aqui melhor detalhadas no romance "To the lighthouse" (1927) e no ensaio "The death of the moth" (1942). Em ambas as obras, as redes formadas unem o humano ao não-humano, conectando as partes ao todo nos espaços limítrofes entre vida e morte. Os fluxos de afeto, percepção e pensamento que sustentam sua obra são elementos-chave para a compreensão do que poderia ser depreendido de uma política ou uma ética em Woolf, encaminhada na criação de um gênero que organize e preze pelas diferenças. O papel da leitura para Virginia Woolf é apreciado tanto no plano da biopolítica quanto no plano da imanência. Ele é de suma importância para a avaliação crítica de identidades e, consequentemente, para a formação da subjetividade dos leitores, os quais comunalmente ajudam a construir o mundo que leem, em especial as mulheres. A leitura é vista também como ferramenta política e existencial, permitindo ao senso crítico e à imaginação reconfigurar outros modos de compreensão do mundo e de performance em sociedade.Downloads
Publicado
2020-04-19
Edição
Seção
Artigos
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