A chegada de Lampião no céu: ensaio semiótico sobre o julgamento de Lampião
Resumo
Desde sua origem, o folheto nordestino desempenhou papéis importantíssimos, dos quais destacamos a democratização da alta literatura e a imortalização de personalidades populares, como: Carlos Lamarca, Antônio Conselheiro, Euclides da Cunha, Machado de Assis, Santos-Dumont ou Maria de Oliveira e Virgulino da Silva, conhecidos popularmente como Maria Bonita e Lampião. Entretanto, apesar de serem ambas formas de homenagem, a diferença entre elas está em seu caráter ficcional, pois uns foram retratados com base em suas biografias e outros tornaram-se personagens dos contos poéticos. Dentre eles, trabalharemos com Lampião, o candeeiro encantado de Lenine, que pode ser considerado o “anti-herói” dos folhetos. Para isso, utilizaremos: para fins de contextualização “História de Cordéis e Folhetos”, de Abreu (1999); como base analítica, à luz da Semiótica Greimasiana, o percurso gerativo de sentido, com o suporte de Barros (2001) e Fiorin (2001); e como corpus “A chegada de Lampião no Céu”, de Rodolfo Coelho Cavalcante (1959).Referências
ABREU, Márcia. História de cordéis e folhetos. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.
ALBUQUERQUE, Maria Elizabeth Baltar Carneiro de et al. Literatura popular de
cordel: dos ciclos temáticos à classificação bibliográfica. 2011.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. São Paulo: Humanitas, 2001.
CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. A Chegada de Lampião no céu. Acervo digital. Casa Rui Barbosa: 1959. Disponível em: http://docvirt.com/docreader.net/CordelFCRB/47544. Acesso em: 10 mai. 2022.
Fiorin, José Luiz. Elementos de análise do discurso. Contexto, 2001.
TAVARES JÚNIOR, Luiz. O mito na literatura de cordel. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1980.
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