Herdeiras do mar, de Mary Lynn Bracht: memória, trauma e dominação política do corpo feminino

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Resumo

Este artigo tem por intenção analisar a obra Herdeiras do Mar e sua relação da escrita fictícia tendo como base um fato histórico. A partir de relatos de pessoas do lugar de origem de sua família, a autora recriou momentos que lhe foram contados, associando-os a personagens que ilustraram os horrores da invasão da Coreia e os abusos sofridos por sua população, em especial as meninas que ficaram conhecidas como ‘mulheres de conforto’. Seguindo as análises de Mbembe em Necropolítica (2016), pretende-se ainda verificar como toda essa situação de violência se relaciona com o domínio sobre o corpo feminino como uma ferramenta de colonização hostil e eficiente; e como isso tudo cria traumas e dissolve famílias e comunidades, enquanto elas lutam para manter sua dignidade e cultura vivas.

Biografia do Autor

Lucas de Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Atualmente é mestrando em Letras Vernáculas (área de Língua Portuguesa) pela UFRJ e graduado em Letras - Português/Inglês pelo Centro Universitário Geraldo di Biase - UGB/FERP. Pesquisador voltado para os processos cognitivos no discurso e na construção gramatical. 

Referências

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Publicado

2024-01-08