Amores e desejos líquidos: implicações hipermodernas no conto “Dama da noite”, de Caio Fernando Abreu

Autores

  • Odirlei Costa dos Santos UFRJ

Resumo

O presente ensaio procura engendrar uma leitura do conto “Dama da noite”, do escritor Caio Fernando Abreu, extraído do livro Os dragões não conhecem o paraíso (1988). Notamos no conto matizes marcadamente contemporâneas, o que nos faz pensá-lo e perscrutá-lo como uma tessitura literária eminentemente pós-moderna. O texto traz em suas configurações o esboço de um monólogo da personagem que nomeia a si mesma como “Dama da noite”, alusão à planta homônima de intensa e, por vezes, incômoda fragrância sentida principalmente à noite. O interlocutor da personagem é um sujeito que ela simplesmente se refere como “boy”. Tal personagem é a metonímia de toda uma geração, aquela que cresceu e atingiu a juventude entre o final dos anos 80 e o início deste novo século.

Referências

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