Autoria e identidade em conexão no entre-lugar literário Uma leitura de Budapeste

Autores

  • Mírian Sumica Carneiro Reis

Resumo

O romance Budapeste, de Chico Buarque, explora tanto a heterogeneidade das subjetividades como o entre-lugar das fronteiras geográficas, lingüísticas e temporais ao contar a história de um ghost writer que se divide entre a vida no Brasil e em Budapeste e entre a sua própria vida e a dos personagens que cria no seu trabalho de escritor anônimo de discursos, biografias, monografias etc. O pastiche e a metalinguagem apresentam-se como emblemas que problematizam questões contemporâneas como identidade nacional, autoria, a obra literária como objeto da indústria cultural e o lugar do intelectual nos processos culturais contemporâneos, aspectos que pretendemos analisar no presente artigo.

Referências

BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon Editora Digital, 2007.

FARIAS, Sônia L. Ramalho. Budapeste: as fraturas identitárias da ficção. In: FERNANDES, Rinaldo de (org.). Chico Buarque do Brasil: textos sobre as canções, o teatro e a ficção de um artista brasileiro. Rio de Janeiro: Garamond/Fundação Biblioteca Nacional, 2004.

SANSEVERINO, Antônio Marcos V.. O espelho venenoso da nação: notas sobre Budapeste. Terceira Margem: Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Letras e Artes, Faculdade de Letras, Pós-graduação, Ano XIII, n. 21, ago-dez 2009. (Dossiê Rubens Fonseca), p. 141-157.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

SOUZA, Eneida Maria de. Crítica Cult. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.

Downloads

Publicado

2011-08-30

Edição

Seção

Artigos