As máscaras pessoanas: um convite à liberdade como caminho da interpretação

Autores

  • Antônio Máximo Ferraz UFRJ

Resumo

Não há que se tentar impor como se deva ler ou interpretar uma obra -- a de Pessoa ou a de quem quer que seja. A leitura, afinal, deve ser um ato de liberdade. Mas, quando se diz que a leitura deve estar baseada na liberdade, sem indagar mais a fundo o que ela significa, não estaremos correndo o risco de conferir a quem lê -- e dependendo de como lê -- um poder desmesurado em detrimento da obra? Tal poder não seria passível de chegar a sufocar ou silenciar o que ela teria a dizer se não se usasse (e, a partir da modernidade, freqüentemente se abusasse) de uma liberdade que, em última instância, não se refere senão a quem interpreta? É para esse perigo que nos chama a atenção HansGeorg Gadamer, em seu livro Verdade e Método.

Publicado

2017-04-04

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Artigos